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Nascimentos no Pará cai pela 1ª vez desde 2012; óbitos aumentaram
15/11/2017 05:21 em Notícias

Em 2016, nascimentos registram queda de 4,6% ante 2015

O número de nascimentos registrados no Pará caiu pela 1ª vez desde 2012, segundo as estatísticas do Registro Civil 2016, divulgadas nesta terça-feira (14) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Por outro lado, o levantamento mostra que no ano passado houve aumento tanto no número de casamentos quanto no de divórcios.

Em 2016, foram registrados 125.428 nascimentos no Estado, o que representa uma queda 4,6%, ou 6.116 nascimentos a menos, na comparação com 2015 (131.544). Apesar do Pará já ter registrado queda no número de nascimentos em anos anteriores, o percentual de 2016 ficou bem acima. Em 2010, houve recuo de 0,27% em relação ao ano anterior. Em 2010, a queda foi de 0,15%. Em 2009 e 2003, foram verificadas retrações de 2,01% e 0,58%, respectivamente.

De acordo com o IBGE, em todo o País, também foi observada uma redução de nascimentos no último ano. Foram registrados 2.793.935 nascimentos, o que indica uma queda de 5,1% na comparação com 2015, quando tinham sido registrados 2.945.344 nascimentos. Desde 2010, o Brasil não apontava diminuição. A região com maior queda nos nascimentos em 2016 foi o Centro-Oeste (-5,6%) e o Sul, com menor queda, de 3,8%. No Nordeste e no Sudeste, o recuo foi de 5,5%, e no Norte, de 4,1%.

Roraima foi o único estado a registrar mais nascimentos, com alta de 3,9%. Pernambuco registrou a maior queda (-10%), seguido por Tocantins (-8%), Sergipe (-7,5%) e Rio Grande do Norte (-7%). Em São Paulo, houve recuo de 5,1% e, no Rio de Janeiro, queda de -6,5%. Embora a pesquisa do IBGE seja apenas numérica, sem apontar as possíveis causas, a queda dos nascimentos em 2016 aconteceu em meio à pior recessão da história do Brasil e em um período em que houve uma epidemia de zika, que pode provocar microcefalia em bebês.

A distribuição percentual dos nascimentos por grupo de idade da mãe se manteve praticamente inalterada no Pará em relação a 2015. Os nascimentos no Estado têm maior concentração no grupo de idade das mães de 20-24 anos, com margem de 30,41% dos nascimentos ante 29,87 do ano anterior. A segunda proporção mais significativa - e maior do País - é entre as adolescentes de 15 a 19 anos. Entre 2015 e 2016, esse percentual teve leve redução de 24,36% para 23,53%.

Em todo o País, a faixa-etária das mães de 20 a 24 anos é a principal, com marca de 25,05% do total de nascimentos em 2016 (era 24,77% em 2015). Depois surge uma geração de mães mais maduras de 25 a 29 anos (23,59%) e de 30 a 34 anos (19,73%). Os nascimentos na região Norte têm maior concentração no grupo de idade das mães de 20-24 anos (29,6% dos nascimentos). Por outro lado, as regiões Sul e Sudeste têm o perfil mais envelhecido da curva de distribuição dos nascimentos por idade da mãe. Nessas regiões, o maior percentual de nascimentos ocorre entre as mulheres de 25-29 anos (Sul, 24,7% e Sudeste, 24,3%), 20-24 anos (23,5%) e 30-34 anos (22,1%).

Óbitos

O volume de óbitos registrados no Pará nos últimos 10 anos teve um acréscimo de 35,18%, passando de 23.773 registros em 2006 para 32.138 em 2016, considerando os registros com informações de sexo e idade da pessoa falecida. Ainda de acordo com o IBGE, o número de óbitos fetais no Estado, caiu 17,88% no mesmo períod, oscilando de 822 mortes para 675.

 

Em todo o País, ao longo da última década, foi registrado aumento de 24,7% no total de óbitos, de 1.019.393 em 2006 para 1.270.898 em 2016. Enquanto nas idades iniciais os declínios foram significativos, foram observados aumentos importantes para as idades acima de 50 anos, fruto do envelhecimento populacional. Em 1976, os óbitos menores de 1 ano e de menores de 5 anos representavam 27,8% e 34,7% do total de óbitos, respectivamente. Quarenta anos depois, os avanços conseguidos em termos de diminuição da mortalidade das crianças menores de 5 anos foram significativos e estes percentuais passaram a representar 2,4% e 2,9%, respectivamente.

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