Representantes da comissão dos candidatos com deficiências alegam que a perícia é para comprovar a deficiência e não é de caráter eliminatório;
Está sem definição o futuro das pessoas com deficiências físicas que foram reprovadas na perícia médica do concurso da Polícia Militar do Maranhão (PMMA), pelo fato, de acordo com os candidatos, de serem deficientes. Ontem, o plenário do Tribunal do Júri, no Fórum Desembargador Sarney Costa, no Calhau, em São Luís, ficou lotado de concorrentes, durante a audiência de conciliação entre o Governo do Estado e representantes dos candidatos. Uma nova audiência foi marcada para quinta-feira, dia 10.
Liminar expedida pelo juiz titular da Vara de Interesses Difusos e Coletivos, Douglas de Melo Martins, determina ao Governo reservar 5% do total de vagas do certame para deficientes, mas, de acordo, com representantes da Comissão dos Portadores de Deficiência, o Governo do Estado quer impedir a acessibilidade deles ao emprego.
“Nós, deficientes, fomos impossibilitados de prosseguir nas etapas do concurso, inclusive no curso de formação. A perícia médica não é para eliminar o candidato, é para comprovar a deficiência. Por essa atitude, constata-se que não querem deficientes na Polícia Militar do Maranhão. Isso é discriminação. Querem tirar a nossa possibilidade ter um emprego”, explicou Reydesson Gonçalves, um dos representantes da comissão dos candidatos com deficiências.
“O Governo do Estado está barrando a nossa pretensão de ingressar na Polícia Militar do Maranhão (PM-MA). Todos os deficientes foram reprovados na perícia médica. A perícia é classificatória e não eliminatória. Tem gente aqui de todos os estados do Nordeste e estão prejudicados”, finalizou Cléber Brito, integrante da Comissão.
Procurada pela reportagem, a Procuradoria Geral do Estado informou que está estudando o caso, e se manifestará apenas após analisar todo o processo.
Fonte: Jornal "O Estado do Maranhão"