Os sete policiais militares e um vigilante eram acusado de envolvimento em grupos de extermínio.

Por maioria dos votos, jurados do 2º Tribunal do Júri absolveram, nesta terça-feira (29), oito réus presos durante a operação "Navalha na Carne", realizada com objetivo de prender policiais civis e militares acusados de envolvimento em grupos de extermínio. O júri popular teve início na manhã de hoje, no Fórum Criminal de Belém. Os envolvidos estavam presos, aguardando julgamento.

Julgados, Joelson Holanda Lira, Romero Guedes Lima, Jamilson Gama dos Santos, Rui Dias Pereira, Jorge Alex Medeiros Alves, Paulo Cesar Alves Pereira, José Djalma Ferreira Lima Junior e Claudio Marcio Moraes de Almeida eram acusados de co-autoria nos crimes de posse e porte de arma de fogo de uso permitido e de uso restrito, além de formação de quadrilha.

No dia 15 deste mês, três dos quatro réus acusados de envolvimento foram condenados depois de mais de 10 horas de julgamento.  O quarto acusado foi absolvido pelo conselho de sentença. O ex-cabo da Polícia Militar Rosevan Moraes Almeida foi condenado a 76 anos de prisão. Já o técnico em Contabilidade Mauro Reis Coelho e o policial militar José Percival da Conceição Moraes receberam cada um a pena de 46 anos de prisão. O único absolvido pelos crimes foi o mototaxista Luís Henrique Gomes Cabral. O quinto acusado, que também deveria ser submetido ontem a juri, José Augusto Pantoja Vale (policial), que integraria o grupo de extermínio, sendo, posteriormente, o delator dos crimes, foi executado em outubro de 2016 e foi retirado do processo.