Observar as estrelas, corpos celestes e promover contato do público em geral com a Astronomia, são algumas das atividades oferecidas pelo o Núcleo de Astronomia (Nastro) da UFPA. Nesta sexta-feira, 27 de julho, o Nastro irá promover a observação do final do eclipse lunar. Para isso a equipe do projeto se reúne a partir das 17h em sua sede, na sala 7 do Pavilhão Q do Campus Básico da UFPA, em Belém.

O Nastro é um Centro de Ciências que visa contribuir para divulgação e popularização da Astronomia na Amazônia, além de colaborar também com as instituições de ensino, especialmente as escolas públicas do Pará. Em associação com o Núcleo, há projetos de extensão desenvolvidos com o apoio da Proex/UFPA. Atualmente, o Nastro conta com mais de 20 voluntários de diversos cursos e instituições, entre eles Física, Ciências Naturais, Engenharias e Letras.

Atividades - O Núcleo realiza semanalmente apresentações sobre Astronomia e Astronáutica voltadas para turmas de Ensino Fundamental, Médio, Técnico e Superior, que visitam o espaço do projeto. As “Quartas Astronômicas” ocorrem toda semana, às quarta-feiras. As palestras se iniciam às 17h30 e são seguidas de observações com equipamentos especializados do acervo do Nastro. A participação é aberta a qualquer pessoa interessada. O espaço do núcleo também é aberto para visitas, que devem ser agendadas previamente para verificação da disponibilidade de horário. Também são realizadas gratuitamente observações em locais públicos do Estado, sempre que um evento astronômico possa ser observado nas localidades paraenses, como o eclipse lunar que será perceptível nesta sexta-feira, 27. Todas as atividades são realizadas principalmente por discentes (monitores, colaboradores e bolsistas) sob a orientação dos professores que compõem a equipe do projeto. Aos sábados pela manhã, ocorre a preparação de estudantes do Ensino Fundamental e Médio para a Olimpíada Brasileira de Astronomia e Astronáutica (OBA) e para a Mostra Brasileira de Foguetes (MOBFOG). As inscrições ocorrem em um período pré definido, sendo divulgadas pelas redes sociais do Nastro e pelas escolas públicas, principalmente aquelas nas proximidades da UFPA.

Difusão do conhecimento - Luís Carlos Bassalo Crispino, professor e um dos fundadores do Nastro, destaca a deficiência, e até mesmo ausência, da abordagem de conhecimentos relacionados à Astronomia e Astronáutica na vida escolar dos estudantes paraenses. “O Nastro tem como um dos principais objetivos a difusão e popularização não só da Astronomia e/ou Astronáutica, mas da Ciência de maneira geral. Para isso, utilizamos também experimentos lúdicos, industrializados ou de baixo custo, estes últimos para facilitar a reprodução por multiplicadores”, explica o professor.

O coordenador do Projeto de Extensão associado ao Nastro, Igor José Carmo Coimbra, ressalta ainda a importância de promover a integração com a sociedade. “É uma forma de retornarmos o investimento que recebemos por meio dos impostos pagos, que é a principal fonte de recursos das instituições públicas. Atividades como as observações em locais públicos, participações em feiras e mostras de ciências por todo o estado do Pará, são formas de servir diretamente à comunidade”, afirma.

Segundo o professor Crispino, a interação direta com o público permite perceber pela reação dos participantes que o serviço oferecido pelo projeto é relevante e que as pessoas dificilmente teriam acesso de outra forma.

Resultados e Perspectivas - “Temos depoimentos de colaboradores do Nastro que escolheram fazer o curso de Física e áreas afins, na UFPA, e juntar-se à equipe do projeto, devido à participação prévia em atividades que promovemos. Também temos alunos que participam das aulas preparatórias da OBA, que estão frequentando por 4 ou 5 anos consecutivos”, ressalta o bolsista Pibex do Nastro, Eliezer Duarte Pinheiro Neto.

Devido à sua importância e papel de multiplicador, o Nastro pretende continuar promovendo as suas atividades de forma gratuita e com boa qualidade, visando a difusão e a popularização da Astronomia e da Astronáutica. As atividades abertas para o público também devem continuar a ocorrer, com observações do Sol, da Lua, dos planetas, das estrelas, dos eclipses, das nebulosas e das galáxias.