O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) denuncia que cerca 450 famílias do acampamento Hugo Chaves, ligadas ao movimento, foram ameaçadas e atacadas por pistoleiros na fazenda Santa Tereza, em Marabá, no sudeste paraense. O ataque ocorreu na madrugada desta sexta-feira (28).
Ainda segundo o MST, o grupo de pistoleiros ateou fogo nos barracos e na estrada que é o único acesso ao acampamento. Em nota, o MST informou que "tem repudiado a ação de pistolagem, informado a sociedade e exigido das autoridades responsáveis medidas cabíveis contra mais esta tentativa de assassinato de trabalhadores e trabalhadoras no campo na região".
Foto: Reprodução/MST
De acordo com o comunicado, a "direção do MST registrou a ocorrência junto a Delegacia de Conflitos Agrários (DECA), porém o comandante Rocha, responsável pelo departamento, se recusou a realizar as investigações. Ele disse que poderá ocorrer uma carnificina, mas não iriam ao local do ocorrido sem ordens do comando de Belém".
A propriedade foi reintegrada em 2017 por determinação judicial, mas invadida novamente, dias atrás, por cerca de 600 pessoas do acampamento Hugo Chaves e da cidade de Eldorado dos Carajás. Segundo a Polícia Militar, o grupo teria queimado equipamentos da fazenda, como tratores. Em nota, a Polícia Militar informou que o Comando de Policiamento Regional 2, que tem sede em Marabá, acompanha a movimentação na fazenda.
O CPR 2 da PM aguarda o trabalho de levantamento feito por policiais da Delegacia de Conflitos Agrários (Deca) de Marabá, a fim de identificar o cenário dentro da propriedade, informou ainda a PM.
Em comunicado, a PM "esclarece que nos casos de esbulho possessório, por orientação do Ministério Público do Estado do Pará (MPPA), deve evitar o uso da força e agir tão somente mediante decisão judicial".
Fonte: O Liberal