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PMs acusados de participação em chacina em 1994 são absolvidos
07/08/2018 00:58 em Notícias

Por maioria de votos, os jurados não reconheceram culpa e absolveram os policiais acusados de partição em triplo homicídio de três jovens acusados de latrocínio na capital paraense. O crime ocorreu em dezembro de 1994 na rodovia do Tapanã. Na ação, os policiais estavam sob a supervisão do então tenente da PM Neil Duarte, hoje deputado estadual.  Os acusados são o PM Silvio Carlos Saldanha dos Santos, e Miguel Antônio Quaresma Lemos, Adalberto Costa Monteiro e João Rodrigues Monteiro, todos na reserva da corporação. Eles foram absolvidos no final da tarde de hoje (06), após um julgamento que começou nas primeira horas da manhã. 

O juiz Cláudio Henrique Rendeiro foi quem presidiu o julgamento. Foram denunciados pelo Ministério Público pelas supostas práticas de homicídio e formação de milícia os policiais Marcelo Ronaldo Botelho de Souza, 2º tenente; Neil Duarte de Souza, à época 2º tenente; João Rodrigues Batista, 3º sargento; Sebastião Ferreira de Souza, 3º sargento; Alberto da Costa Monteiro, cabo; Jorcean Thompson Vasconcelos de Oliveira, cabo; Antônio Raimundo Maciel  Santiago , cabo; os soldados Jorgelito Rebelo de Souza,  Reginaldo Silva de Souza, Jorge Nonato Ataíde Pina, Jose Levi da Costa Monteiro; Waldinei Oliveira do Nascimento, Mário Sérgio Maciel,  Teles, Waldecy Evangelista de Barros, Silvio Carlos Saldanha dos Santos; Francisco de Lima Cordeiro , Mauro Luiz Noronha Trindade, Miguel Antônio Quaresma  de Lemos, José Carlos do Nascimento Conceição e José Carlos Sales da Silva.
 

O caso

A acusação relata que por volta das 22h do dia 13 de dezembro de 1994, os PMs receberam a determinação superior no sentido de localizar e prender os assassinos do cabo PM Waldemar Paes Nunes, vítima de latrocínio momentos antes, no trecho compreendido entre a Rua Monte Sinai, próximo da Rodovia Tapanã. A informação da PM era a de que os assassinos do cabo teriam roubado também a sua arma. Os denunciados estavam em viaturas policiais para cumprir a ordem, sendo que, em uma delas estava o caseiro do sitio da vítima que testemunhou o cabo ser assassinado, depois de ter sua arma roubada.

Consta no processo que, próximo à Rodovia do Tapanã, os policiais teriam avistado Max Cley Mendes, Marciley Rosenaldo Melo Mendes e Luiz Fabio Coutinho da Silva, reconhecidos pela testemunha que estava na viatura, como os autores do latrocínio que vitimou o cabo. Após abordados, os suspeitos foram algemados e executados.

Testemunhas presenciais informaram que foram quatro jovens apreendidos. Dois deles algemados e executados antes mesmo de entrarem na viatura. Os outros dois teriam escapado correndo para a área da mata, próxima, mas, após perseguição teriam também sido executados.

 

Fonte: ORM

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