Para muitos pais e mães, a tecnologia é uma aliada cotidiana. Computadores, tablets e celulares podem ajudar a entreter e a educar, mas é preciso monitorar a relação dos pequenos com essas ferramentas. Basta um descuido e lá estão as crianças e adolescentes acessando conteúdo inadequado ou ficando tempo demais em frente a tela.
A psicanalista Maria Esther Mihitch diz que o ideal é que as crianças passem a usar a tecnologia depois da alfabetização e que a exposição diária não passe de uma hora por dia. O usoexcessivo desses aparelhos "pode causar distúrbios do sono e de visão."
Mas a questão pode ser ainda mais séria. Este ano, a Organização Mundial de Saúde incluiu o vício em jogos eletrônicos em sua Classificação Internacional de Doenças. Já a Sociedade Brasileira de Pediatria lançou o documento Saúde de Crianças e Adolescentes na Era Digital. A compulsão por jogos eletrônicos pode levar a sedentarismo, baixa autoestima, frustração e intolerância.
No Brasil, a recém-sancionada Lei Geral de Proteção de Dados faz considerações específicas sobre a coleta e o tratamento dos dados de crianças e adolescentes. Saiba que nenhuma empresa pode coletar dados de menores sem a autorização dos pais. Caso isso aconteça, vale denúncia ao Ministério Público.
É preciso cuidado também com a publicidade. Os pequenos são facilmente seduzidos por ofertas de aplicativos ou de extensão de jogos. Quando a fatura do cartão de crédito chega... Felizmente, é possível se proteger desse tipo de situação.