Professores consideram peculiariedades regionais no ensino
Em uma iniciativa da Secretaria de Estado de Educação (Seduc), 500 professores das redes estadual e municipal de Ensino do Pará participam do I Encontro Formativo sobre Documento Curricular da Educação Infantil e do Ensino Fundamental da Base Nacional Comum Curricular (BNCC). A programação foi aberta ontem (26) e segue até a quinta (28), no Centur, em Belém.
O evento é realizado em parceria com a União dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime-PA) e serve para discussão de aspectos sobre a implementação da proposta estadual referente à BNCC.
Essa proposa começou a ser discutida em 2011 e tem como princípios norteadores o respeito às diversas culturas amazônicas e suas inter-relações no espaço e no tempo; a educação ambiental, social e econômica e a interdisciplinaridade no processo ensino-aprendizagem.
O objetivo da proposta é que o novo currículo a ser implementado na educação do Estado e dos municípios considere as diversas realidades do aluno, a exemplo dos quilombolas e indígenas.
Neste primeiro dia do evento, os professores trocaram experiências e discutiram acerca das diversas linguagens e saberes relacionados à cultura, identidade e vida social que permeiam o ensino público na cidade e no interior.
“Todas essas práticas são importantes e precisam ser consideradas para a elaboração de cadernos pedagógicos que nortearão um ensino mais integrado e qualitativo no Estado”, explicou a secretária-adjunta de Ensino da Seduc, Ana Paula Renato.
No Pará, o currículo foi homologado pelo Conselho Estadual de Educação (CEE), em 2018, após passar por consulta pública. Até o momento, 114 municípios já utilizam a base estadual no projeto pedagógico das escolas. O restante terá que se adequar até 2020.
Para a Undime, ouvir as escolas municipais, que estão mais próximas da realidade do aluno, é fundamental para construir um processo mais integrado e, ao mesmo tempo, conhecer as várias Amazônias e os vários estados contidos no território do Pará.
“Quem faz a educação básica são os municípios, por isso ouvi-los no processo de construção da proposta curricular representa um grande avanço”, afirmou a presidente da entidade Kátia Santos.O encontro dos educadores prossegue nestas quarta e quinta-feira, na escola Anísio Teixeira.
Fonte: O Liberal