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Justiça Federal revoga cinco prisões temporárias da Operação Saldo Zero
01/03/2019 00:39 em Notícias

O magistrado decidiu aplicar medidas cautelares e os acusados responderão ao processo em liberdade

Por João Thiago Dias (Liberal)

Divulgação Justiça Federal

 

A Justiça Federal decidiu revogar as cinco prisões temporárias realizadas durante a "Operação Saldo Zero", deflagrada, na manhã da última quarta-feira (27), pela Polícia Federal (PF), Controladoria-Geral da União (CGU) e Ministério Público do Estado do Pará (MPPA). Foram aplicadas medidas cautelares e o grupo responderá ao processo em liberdade.

A força-tarefa apura a atuação de agentes públicos que teriam desviado recursos destinados para projetos de pesquisa, transferidos pela Universidade Federal Rural da Amazônia (Ufra) à Fundação de Apoio à Pesquisa, Extensão e Ensino em Ciências Agrárias (Funpea). Ao todo foram desviados R$ 23,5 milhões.

Operação: sete mandados de prisão e 11 de busca e apreensão na Grande Belém (Guilherme Mendes)Servidores ativos da Universidade (eleitos para cargos de direção da Funpea), sócios de empresas fornecedoras de bens e serviços e funcionários da Fundação,são acusados de fazer parte do esquema.

O nome “Saldo Zero” faz referência aos valores encontrados nas contas correntes dos projetos, cujos recursos teriam sido desviados.A decisão de revogação foi proferida pelo juiz federal da 4ª Vara, Antonio Carlos Almeida Campelo, no fim da tarde desta quinta-feira (28), em audiência de custódia realizada no edifício-sede da Justiça Federal (4ª Vara da Justiça Federal), no Umarizal, em Belém.

EXONERADO

Dentre os acusados com prisões revogadas estão Jardel Rodrigues da Silva, ex-coordenador de núcleo da Casa Civil do Governo do Pará, cuja exoneração foi publicada no Diário Oficial do Estado desta quinta-feira (28); Idelnir do Carmo Vasques Silva, Carlos Albino de Figueiredo Magalhães, Benedito Gomes dos Santos Filho e Jandira Pires Bessa.

Eles participaram da audiência de custódia escoltados por policiais federais e acompanhados de seus respectivos advogados. A audiência também foi acompanhada pelo procurador da República Ricardo Negrini.

Os cinco acusados disseram ao juiz que não sofreram qualquer constrangimento por parte dos agentes da PF que os prenderam, e que suas garantias legais foram integralmente preservadas, inclusive a de contactar com os respectivos advogados.

"Foi verificado que os presos não sofreram nenuma violência policial e as prisões foram consideradas regulares, dentro de todos os preceitos constitucionais. Eles foram liberados hoje (quinta-feira, 28), as prisões foram revogadas e substituídas por medidas cautelares", explicou o juiz Antonio Carlos Almeida Campelo.

Força-tarefa reúne MPPA, PF e CGU: dois acusados ainda são procurados (Ary Souza)MEDIDAS CAUTELARES"Não podem mudar de endereço sem comunicar o Juízo, deverão comparecer a todos os atos do processo e não poderão sair do Estado do Pará por um perÍodo superior a 15 dias, sem autorização do Juízo.

Ficaram livres, mas responderão processo", detalhou o juiz federal.

Além disso, o magistrado determinou que seja comunicado à Polícia Federal sobre a necessidade de decretação da prisão preventiva de Wilson José de Mello e Silva Maia e Joely Patrícia Machado de Oliveira. Eles fazem parte do grupo acusado dos desvios e tiveram a prisão decretada, mas não foram achados na quarta-feira pela PF.

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