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Na contramão de Bolsonaro, vizinhos miram 'pacto' global
27/08/2019 04:03 em Notícias

Apelos mais fortes saem de países que, na esteira do desgaste brasileiro, assumem protagonismo na agenda ambiental, como Chile e Colômbia

 

Na contramão do Brasil, países sul-americanos passaram a pregar cooperação global para combater a destruição causada por incêndios na Amazônia, com apoio da União Europeia. Apelos mais fortes saem de países que, na esteira do desgaste brasileiro, assumem protagonismo na agenda ambiental, como Chile e Colômbia, ambos com governantes de direita simpáticos ao presidente Jair Bolsonaro.

Eles querem levar o debate à Assembleia Geral das Nações Unidas (ONU), em setembro, em Nova York. A Bolívia, também afetada pelos incêndios, apoia o movimento.

Vários países já anunciaram apoio ao Brasil, mas até agora, o Palácio do Planalto só informou que aceitou o envio de avião e equipamentos ofertados por Israel, um dos aliados preferenciais de Bolsonaro.

Governos estaduais, como o do Acre, decidiram pedir diretamente apoio às embaixadas sul-americanas.Em dobradinha com o presidente francês, Emmanuel Macron, cuja relação com Bolsonaro se degradou, o presidente do Chile, Sebastian Piñera, assumiu a coordenação da ajuda emergencial oferecida pelos países ricos do G-7, o que inclui um fundo de US$ 20 milhões.

Piñera disse que a soberania dos países amazônicos deve ser respeitada, mas que proteger a floresta "é dever de todos".

O presidente da Colômbia, Iván Duque, anunciou a intenção de liderar, entre países amazônicos, um "Pacto pela Conservação" e já conversou sobre isso com Bolsonaro. Pelo Twitter, o líder brasileiro defendeu o plano, reiterando seu posicionamento de respeito à soberania dos países.

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