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Congelamento: Uepa deve perder 67 bolsas de mestrado
08/09/2019 11:16 em Notícias

 

Com o anúncio do congelamento de 5.613 bolsas de pós-graduação stricto sensu no país a partir deste mês, pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior, vinculada ao Ministério da Educação (MEC), um total de 67 bolsas de mestrado da Universidade do Estado do Pará (Uepa) devem ser cortadas a médio prazo.

 

A perda deve ser de 100% na medida em que os pesquisadores forem se formando. Todas as bolsas que seriam concedidas até o fim do ano estão suspensas. Elas seriam ofertadas de setembro a dezembro, após a conclusão da formação dos atuais estudantes que as recebem.

Conforme o protocolo normal, elas voltariam para o sistema para serem repassadas a novos alunos. Mas, com o corte, deixarão de ser reativadas.

 

O corte não teve critérios por área ou qualidade do curso.

 

De acordo com o pró-reitor de Pesquisa e Pós-Graduação da Uepa, professor Renato Teixeira, já existe um grande temor de que muitos estudantes desistam da formação. "Alunos de pós-graduação para desenvolverem sua pesquisa, necessitam tempo integral, com isso não podem trabalhar.

 

A bolsa representa, então, o salário do aluno. Muitos não tem ajuda dos pais ou outra pessoa e necessitam desse dinheiro para sobreviver e usar na pesquisa. Sem bolsa tememos que alguns alunos tenham que largar a pós". Ele também explica que essas desistências devem impactar negativamente na avaliação de cada curso.

 

"Com isso, o programa é penalizado, pois isso impacta na nota do curso perante a Capes, uma vez que um dos critérios na avaliação é a regularidade dos alunos e o não abandono".

 

No anúncio oficial, a Capes afirmou que, a partir da ação de congelamento, a parcela principal dos benefícios foi preservada, assegurando-se o pagamento de todas as bolsas ativas.

 

"Da forma como está colocado no ofício da Capes, entende-se que, no momento em que um aluno for defendendo sua tese, não será possível substituir o aluno que recebe a bolsa por outro. Então, impactará em todas as bolsas e médio prazo, a não ser que a situação se resolva", detalhou o professor.

 

"Ao passarem na seleção, todos tem a expectativa de que, em algum momento, iriam receber a bolsa, aguardando a defesa para haver a substituição. Alguns programas tem um calendário de defesa, então, naquele mês é feito a substituição. Em outros, o cronograma de defesa é variável e as substituições são feitas mês a mês", pontuou o professor Renato Teixeira.

 

Divulgação / Uepa

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