Estado segue como grande exportador de minério, que corresponde a 90,45% da pauta
Ocupando o quinto lugar entre os Estados brasileiros que mais exportaram este ano, o Pará fechou o mês de novembro com exportações que bateram a casa dos US$ 16,2 bilhões ao longo de 2019, de acordo com dados divulgados pelo Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC).
O número representa um crescimento de 14,05% nos onze primeiros meses deste ano, se comparado ao mesmo período do ano passado.
De acordo com a coordenadora do Centro Internacional de Negócios (CIN), da Federação das Indústrias do Pará (Fiepa), Cassandra Lobato, o Estado continua sendo um grande exportador de minério – do total de produtos exportados, 90,45% da pauta é do minério, com foco no ferro e o minério bruto, sendo que a China é o principal país comprador.
Quanto ao crescimento, esse item teve reajuste de 17,43% de janeiro a novembro deste ano, contra o mesmo intervalo de 2018.Os principais crescimentos, no entanto, foram na exportação de milho em grãos (365,11%), papel e cartões (233,24%), cerveja (13,26%) e cacau e derivados (6,48%).
Já nos produtos tradicionais, uma boa parte do grupo teve variação negativa, como a castanha do Pará (-70,36), couros e peles (-35,30) e a pimenta do reino (-20,68). “Essas quedas são motivadas pelos contratados que não são renovados, mas, mesmo com as variações negativas, temos alcançados números cada vez mais resultados positivos, até porque começamos a renovar, exportando outros produtos e diversificando cada vez mais”, explicou a especialista.
O levantamento feito pelo MDIC também inclui as importações, que bateram US$ 1,1 bilhão, o que representa um crescimento de 4,59% em relação ao mesmo intervalo de 2018. Conforme destacou Lobato, os principais itens importados foram os produtos tradicionais, matéria prima e maquinário para a indústria paraense.
Os blocos que mais vendem ao Pará são a Ásia (68,25%) e a União Europeia (16,06%), disse a coordenadora.Com os dois resultados, o Pará fechou os onze primeiros meses com saldo de US$ 15.060,76, ou seja, a diferença entre as exportações e as importações, ocupando o primeiro lugar entre os Estados brasileiros com melhor saldo na balança comercial, posição que já ocupa há cerca de dois meses.
Para o próximo ano, Lobato acredita que será possível alcançar um lugar ainda melhor nos rankings. “Já estamos entre os cinco principais. Com os investimentos e a expectativa de desenvolvimento, 2020 será mais positivo, com novos produtos na balança, criação e manutenção de empregos, reaquecimento da economia, maior produção nas empresas e outras conquistas.
O Pará se destaca com tantos desafios, e a indústria tem o trabalho de desenvolver o Estado cada vez mais”, pontuou.
A expectativa do setor, segundo a coordenador, é ser o terceiro Estado que mais exporta no Brasil – o Pará está atrás apenas de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e o Rio Grande do Sul. “Existe uma diferença pequena em relação ao Rio Grande do Sul, de milhões.
O Estado de Minas Gerais está mais longe, mas novos projetos de desenvolvimento devem entrar e acreditamos que vamos subir no ranking”, adiantou a especialista.
Dados do Pará entre janeiro e novembro de 2019:
Exportações: US$ 16,202 bilhões;
Variação: 14,05%;
Participação nas exportações do Brasil: 7,9%;
Importações: US$ 1,142 bilhão;
Variação: 4,59%;
Participação nas importações do Brasil: 0,7%.
Por Elisa Vaz
Oswaldo Forte / Arquivo O Liberal