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Jornalista paraense, Ullisses Campbell, lança livro sobre Suzane Richthofen
12/03/2020 05:25 em Notícias

 

Muita gente que conhece o valor do jornalismo investigativo e de uma história envolvente, ainda mais quando se trata de um caso real, aproveitou a noite desta quarta-feira (11) para conferir o lançamento em Belém do livro “Suzane – Assassina e Manipuladora”, de autoria do jornalista paraense Ullisses Campbell. O livro aborda o crime praticado por Suzane Richthofen contra os próprios pais em 2002.

O espaço serviu como palco para um debate entre o autor do livro e os interessados em obter o trabalho jornalístico com o devido autógrafo.

O procurador-chefe do Ministério Público Federal no Pará, Alan Mansur, compareceu ao lançamento do livro. “Eu li as matérias sobre o livro, e se mostra muito interessante porque trata de um caso real que mobilizou a sociedade toda. Então, é entender melhor os detalhes do caso; é interessante tanto juridicamente para quem gosta do direito, quanto para pessoas que acompanham na imprensa e querem entender melhor a personagem que cometeu este tipo de crime. É curioso”, afirmou.

Quem também se fez presente ao lançamento foi o jurista Zeno Veloso, que, inclusive, já leu e o livro e o recomendou em um artigo veiculado em O Liberal. Veloso disse ser um livro importante para advogados, psicólogos, psicanalistas, médicos, delegado de Polícia, soldado, policiais em geral, “porque ele conta uma história terrível da Suzane e dos que participaram do crime da Família Richthofen, um crime que abalou o País”.

“Fala de uma personalidade muito instigante, da Suzane, e esse senhor aí (referindo-se a Ullisses Campbell) fez um trabalho profundo, sério, uma pesquisa sobre vários ângulos acerca do que aconteceu, com várias entrevistas. É uma grande reportagem, um livro magnífico”, enfatizou Zeno Veloso.

Mergulho no caso

Ullisses Campbell, 45 anos, nasceu em Belém e contabiliza 24 anos de jornalismo. Atuou como repórter em O Liberal e atualmente trabalha na revista Época. Este é o primeiro livro dele e já está na 5ª edição. Ullisses vai participar, nesta quinta-feira (12), às 18 horas, de um bate-papo com o público paraense na Temple Comunicação (Travessa Benjamin Constant, 1416 - Nazaré).

Ganhar a confiança das presidiárias que pudessem contar sobre a vida delas e da própria Suzane foi um desafio enfrentado por Ulisses. Foram três anos de pesquisa e um inteiro escrevendo. A questão judicial foi outro desafio para o autor. O livro ficou censurado por 37 dias. “Foi muito trabalhoso porque tive que mergulhar no processo criminal da Suzane que tem 14 mil páginas; depois, mergulhei no processo de execução penal dela que tem seis mil páginas, ou seja, foram 20 mil páginas só nesses dois processos. Deu bastante trabalho”, disse.

Sobre a personalidade de Suzane Richthofen, Ullisses disse que foi descrita a partir dos laudos psicplógicos. “Esses laudos atestam que a Suzane é manipuladora, egocêntrica, narcisista, insidiosa e tem agressividade camuflada. A junção dessas características é o que faz da Suzane ser capaz de mandar matar os próprios pais”, afirmou.

O lançamento

“Se não fosse o Grupo Liberal, esse lançamento não teria acontecido. Tem todo aquele aspecto afetivo, porque eu trabalhei aqui e eu preferia muito mais que acontecesse em um jornal, porque, por incrível que pareça, ainda tem gente, até hoje, que pensa que é um livro da Suzane, escrito pela Suzane e diz que não vai comprar para não dar dinheiro para ela e não é", explicou o autor.

Rodrigo Vieira, diretor de Marketing do Grupo Liberal, explicou sobre o evento. “O Grupo Liberal fomenta a discussão na sociedade sobre vários temas, e esse é um tema que faz parte da nossa realidade. A gente concretiza o lançamento porque se trata de um jornalista paraense abordando um caso que é referência, marcante, e ao mesmo tempo contribui com a sociedade sobre como a gente pode enfrentar as dificuldades, as questões que a gente tem no dia a dia”, detalhou.

Na semana passada, Ulisses Campbell esteve no Grupo Liberal e participou do 'Libertal Entrevista', onde debateu, ao lado da advogada criminal e autora do livro "Psicopata", Nachara Palmeira, sobre outros crimes hediondos que chocaram a opinião pública.

 

O Liberal

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