Corpos de vítimas da covid-19 estão sendo armazenados em caminhão frigorífico do lado de fora do IML
O titular da Secretaria de Estado de Saúde Pública do Pará (Sespa), Alberto Beltrame, admitiu o colapso na saúde e no sistema funerário nesta sexta-feira (24), após a divulgação do fato de que corpos de vítimas da covid-19 estão sendo armazenados em um caminhão frigorífico estacionado no fundo do prédio do Instituto Médico Legal (IML) de Belém.
Ele falou sobre assunto.
“Queremos que a população consiga perceber que estamos em um grave problema de crise sanitária no Brasil inteiro e, em especial, em Belém. Não só o sistema de saúde tem problema e entrou em colapso. O próprio sistema funerário tem causado alguns inconvenientes, seja na liberação de corpos em domicílio ou de corpos no IML ou da verificação de óbitos. Pedimos perdão por isso”, afirmou.
O secretário de saúde do Pará disse que estão sendo tomadas providências para que cenas como a desta sexta-feira não se repitam.
“Dizemos que o estado tomou providências para ampliar a quantidade de pessoas no IML e na Verificação de Óbitos. Ampliamos a contratação de veículos para agilizar a retirada de pessoas falecidas dos domicílios e dar mais conforto ao paraense que passa pelo momento terrível de dor”, afirmou.
O fato ocorreu justamente no dia que o Pará registrou 86 óbitos e 1.551 casos confirmados. Além do problema no IML da capital, as unidades de saúde de Belém, tanto do governo como do município, estão recebendo muitos pacientes com sintomas da covid-19. A capital paraense lidera os registros de coronavírus, com 981 pessoas infectadas e 51 óbitos.
Por Andreia Espírito Santo e Cristino Martins/O Liberal