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Adolescente envenena cinco pessoas de uma mesma família com chumbinho
10/05/2020 21:34 em Notícias

O produto, que é vendido clandestinamente como raticida, foi colocado em suco e bolo servidos às vítimas

Uma adolescente de 16 anos é a principal suspeita de ter envenenado cinco pessoas de uma mesma família, quatro delas crianças. O crime aconteceu na região do Lago Grande, em Santarém, no oeste do estado, na noite do último sábado, 9.

As vítimas - uma mulher e os filhos de 2, 7, 10 e 12 anos - foram transferidos na tarde deste domingo, 10, para o Hospital Municipal Dr. Alberto Tolentino Sotelo (HMS), na sede do município.

A menor está foragida.

O pai da adolescente não soube dar informações sobre a motivação da jovem para o crime. Mas, segundo o que relatou à equipe de resgate do Samu 192, as crianças e a mãe começaram a passar mal após ingerirem os alimentos envenenados e foram levados ao posto de saúde da comunidade.

A suspeita é que a menor tenha colocado veneno em outros alimentos consumidos pela família.

O chumbinho não tem registro na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), nem em nenhum outro órgão de governo. Em geral, pessoas ou animais que ingerem a substância sentem fortes dores, ânsia de vômito e também tem o sistema imunológico afetado.

Um enfermeiro que atendeu as vítimas no posto de saúde e pediu transferência para o hospital de Santarém em caráter de emergência, disse que o estado de saúde das crianças e da mãe é grave. Como estavam bastante desidratados em razão do vômito incessante, eles iniciaram a hidratação ainda no posto de saúde da região do Lago Grande.

O Hospital Municipal Dr. Alberto Tolentino Sotelo (HMS) informou, em nota, que recebeu as cinco pessoas com sintomas de envenenamento.

O médico plantonista avaliou as quatro crianças e a mãe, que passaram por exame, receberam medicação e estão sob observação contínua.

As crianças foram internadas na emergência pediátrica e a mãe na enfermaria. Todos apresentam quadro clínico estável. O setor de psicologia do HMS acionou o Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente (Comdca) para acompanhar o caso.

 

 

Valéria Nascimento com informações do G1 Santarém

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