MENU
Movimento segue intenso em hospitais de referência para covid-19 em Belém
12/05/2020 07:04 em Notícias

O fechamento dos portões da Policlínica às 17h30 desta segunda-feira (11), quatro horas e meia antes do horário previsto em razão do alcance de mil atendimentos diários, ilustra a intensa procura por tratamento da covid-19 nos hospitais de referência da capital paraense.

No domingo, os portões foram fechados às 19h; na última sexta-feira (08), às 16h."Estamos no 23º dia, (nesta segunda-feira), desde que mudamos nosso perfil para atender pacientes suspeitos da covid-19. Nós atendemos só os casos de baixa e média complexidade.

O que mudou nesses 23 dias? O perfil de quem nos procura, as pessoas já entenderam que somos referência para o atendimento ambulatorial, casos de baixa complexidade, e isso é importante”, observou um dos servidores de saúde, da Policlínica, que pediu para não ser identificado.

O servidor da Policlínica fez questão de ressaltar que a unidade funciona, normalmente, todos os dias, até às 22h, mas o quadro funcional é obrigado a encerrar as portas sempre que atinge mil atendimentos/dia para não comprometer a assistência devida.

"Eu até já gravei um vídeo para as redes sociais elogiando o atendimento humanizado recebido pelo meu avô (85 anos), minha avó (79 anos) e minha irmã (22 anos).

Eu estou muito surpreso. Meus avós têm plano de saúde, mas trouxe eles para cá, porque soube que estão com bom atendimento, não é fake. Eles vieram com um quadro leve de suspeita da Covid-19. Inclusive, eles estão saindo já com a azitromicina'', contou o fotógrafo, Adryan Schwann, ao sair da Policlínica, ao lado dos três familiares aparentemente bem, cerca de três horas após terem chegado. 

Outras unidades - A reportagem percorreu, entre 16h30 e 19h de hoje, outras unidades de saúde, como a UPA da Sacramenta e o PSM da 14 de Março. Na frente de ambos, familiares de pacientes internados buscavam informações sobre seus parentes.

"Eu venho todos os dias para ter notícias de meu pai, de 66 anos. Ele está entubado, é cardíaco e tem a covid-19, mas não tenho o que reclamar referente ao atendimento. O médico vem nesse horário, fala comigo, me explica como meu pai está. Já falaram em transferir meu pai daqui, mas eu não quero, pois acredito que ele seja bem tratado'', afirmou a empregada doméstica Maria Cristina da Conceição Neves, na calçada do PSM da 14 de Março.

Na frente da UPA da Sacramenta, às 18h15, oito pessoas estavam no local atrás de informações sobre parentes. Todos disseram que não tiveram dificuldade para conseguir assistência a seus familiares. Alex Daniel Alves, servidor público, disse que tinha acabado de levar a esposa ao local com sintomas da covid-19.

 

Grupo Liberal

COMENTÁRIOS