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Dia mundial de Combate a DPOC: tratada e prevenida, mas não curada
18/11/2020 05:57 em Notícias

7 dicas práticas de como controlar as crises respiratórias

 

A doença é uma condição progressiva e pode ser tratada e prevenida, mas não curada¹; ampliar as opções de tratamento da doença são um dos desafios para pacientes com DPOC

 

São Paulo, novembro de 2020 - Doenças respiratórias, como a DPOC (doença pulmonar obstrutiva crônica), também conhecida por enfisema, e a asma afetam a qualidade de vida dos pacientes, por produzirem sintomas como tosse crônica, expectoração e falta de ar, que muitas vezes impedem a realização de atividades básicas do dia a dia² ³.

 

No caso da DPOC o impacto é muito profundo: quatro brasileiros morrem por hora, 96 por dia, 40 mil todos os anos no país4. Estima-se que a doença pulmonar será a terceira maior causa de morte no mundo em 2020 5. A doença é uma condição progressiva e séria que limita o fluxo de ar nos pulmões. Por isso, é grande a importância de discutir amplamente sobre o assunto, conscientizar a população sobre o problema e aumentar o acesso a medicamentos que tratem a condição, visto que o percentual de subdiagnóstico em indivíduos com fatores de risco atendidos na atenção primária ainda é muito elevado (71,4%) 6. Isto resulta no fato que 50% dos pacientes já estão em estágio moderado da doença no momento da definição da doença7.

 

O diagnóstico precoce através da promoção do conhecimento dos sinais de alerta associado a prevenção, através do investimento na cessação tabágica e o tratamento adequado diminuem as taxas de exacerbação (crises respiratórias onde a falta de ar piora subitamente), podem reduzir os números de internação hospitalar - ainda mais em tempos de pandemia - e a mortalidade, especialmente em pacientes entre 50 a 70 anos de idade. 8

 

Com esse cenário o médico pneumologista e professor da Universidade Federal de Juiz de Fora - MG, o Dr. Júlio Abreu lista 7 dicas práticas que pacientes com doenças respiratórias crônicas, como a DPOC, podem seguir para reduzir a frequência dessas crises respiratórias que comumente os afetam:

 

 

 

1. Seguir regularmente o tratamento prescrito;

 

2. Vacinar contra gripe anualmente e contra a pneumonia de acordo com a orientação médica;

 

3. Realizar atividades físicas regularmente, seguindo plano de orientação médica;

 

4. Caso seja fumante, parar com o uso do cigarro;

 

5. Seguir uma dieta com baixo teor de carboidratos se estiver com sobrepeso ou obeso;

 

6. Discutir com seu médico um plano de ação caso haja uma piora dos sintomas;

 

7. Procurar um serviço de saúde se não apresentar melhora seguindo o plano de ação proposto no item 6, principalmente se estiver com aumento significativo da falta de ar.

 

 

 

O tratamento ajuda a retardar a progressão da doença, mas a DPOC geralmente piora lentamente com o tempo. Por causa da exposição a fumaças orgânicas (ex. queima de lenha) ou devido ao início precoce do hábito de fumar, uma série de casos de DPOC são diagnosticados em pessoas entre 40 e 50 anos de idade levando a uma perda acelerada da capacidade pulmonar e ocasionando em alto custo sócio econômico, na perda da qualidade e da expectativa de vida¹.

 

Uma das principais metas no tratamento da DPOC é aumentar a qualidade de vida do paciente e mantê-lo ativo por mais tempo, independentemente da gravidade da doença. Por isso a importância do diagnóstico acurado e do tratamento precoce para retardar a progressão da doença reduzir os riscos de exacerbação e, desta forma, mudar definitivamente o cenário da DPOC no Brasil e no mundo.

 

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