Pará será o terceiro estado com o maior crescimento econômico do Brasil em 2025.

PIB deve crescer 3,5%, acima da média nacional de 2,2%, de acordo com dados da Tendências Consultoria | Foto: Pedro Guerreiro/Agência Pará

Pará deve liderar desenvolvimento na Região Norte

O Pará deve registrar um crescimento econômico de 3,5% neste ano, superando a projeção nacional, que estima um aumento do Produto Interno Bruto (PIB) de pouco mais de 2%. Segundo dados da Tendências Consultoria, o estado ocupa a terceira posição no ranking de crescimento do PIB no país e lidera esse indicador na Região Norte.

Setores como o Agronegócio, a Mineração e os Serviços são os principais impulsionadores do desenvolvimento econômico acelerado do estado. Além disso, ganham destaque os investimentos e o fortalecimento da Bioeconomia, que vem se consolidando como uma área estratégica.

Marcel Botelho, presidente da Fundação Amazônia de Amparo a Estudos e Pesquisas (Fapespa), destaca que, nos últimos cinco anos, o Pará tem investido fortemente no equilíbrio entre produção e conservação da floresta. “Por isso, nosso estado tem se destacado não apenas no crescimento de suas vocações naturais, como o Agronegócio, a Mineração e os Serviços, mas também em áreas como serviços ecossistêmicos e crédito de carbono, cadeias produtivas que estão se consolidando e ganhando espaço na Bioeconomia”, afirma.

Ele também ressalta a diversidade da economia paraense. “Temos um agronegócio robusto, com o segundo maior rebanho do Brasil, além de uma produção significativa de soja e milho. Outros produtos, como açaí e cacau, são líderes nacionais e reforçam nossa presença no setor agrícola e agroflorestal”, diz Botelho. “Além disso, nossa mineração é extremamente forte, com uma das maiores províncias minerais do mundo localizada aqui. Possuímos a maior jazida de ferro do planeta, o que influencia diretamente nossa balança comercial e o PIB do estado”, completa.

Pará projeta crescimento econômico de 3,3% pela mineração, bioeconomia e COP 30

A Fapespa projeta um crescimento real de 3,3% para a economia do Pará. Além disso, entre os investimentos estratégicos que devem impulsionar esse crescimento estão a expansão da mineração, melhorias na infraestrutura logística, bem como iniciativas em bioeconomia, energia renovável e o fortalecimento das cadeias produtivas do agronegócio, comércio exterior e turismo.

Por sua vez, a economista Renata Novaes destaca que o Pará representa 41,1% do PIB da região. Ademais, ela menciona que a realização da Conferência Mundial sobre Mudanças Climáticas (COP 30) em Belém terá um impacto positivo significativo na economia, especialmente ao aumentar a visibilidade do Pará no cenário internacional, o que pode atrair novos investimentos em energia limpa, agricultura sustentável e ecoturismo.

Nesse contexto, Renata observa que eventos de grande porte como a COP 30 são capazes de atrair investimentos, especialmente em infraestrutura. Atualmente, já existem mais de 4 bilhões de reais investidos em infraestrutura viária, além de melhorias na rede hoteleira e em pontos turísticos, o que gera empregos e movimenta a economia. Por fim, ela acrescenta que a bioeconomia está se fortalecendo, promovendo negócios sustentáveis e novas oportunidades para a região.

Fonte: Agência Pará