Detalhes do Tremor em Parauapebas
Na madrugada da quinta-feira (3), um tremor de terra de magnitude 4.3 mR atingiu Parauapebas, no Sudeste do Pará, às 4h02. Segundo a Rede Sismográfica Brasileira (RSBR), o abalo foi classificado como moderado e posteriormente analisado pelo Centro de Sismologia da USP. De acordo com relatos, as vibrações foram perceptíveis até em Canaã dos Carajás. Vale ressaltar que este é o 4º evento sísmico registrado no estado este ano.
Quarto Caso de Tremores em 2024
Este já é o quarto caso de tremores de terra no Pará só neste ano, sendo todos em municípios da região Sudeste. Os últimos ocorreram no dia 28 de janeiro, em Tucuruí; 17 de janeiro, em Novo Repartimento; 9 de janeiro em Parauapebas. Em 2024, foram 9 registros nas regiões do Araguaia e Carajás. Para a USP e RSBR, foi o maior tremor já registrado em Parauapebas.
Registros Anteriores de Tremores
Segundo registros sísmicos, o mais recente tremor ocorreu em Tucuruí em 28 de janeiro (2.9 mR). Anteriormente, foram detectados abalos em Novo Repartimento (17 de janeiro, 2.3 mR) e, ainda antes, em Parauapebas (9 de janeiro, 2.8 MLv). De acordo com o Centro de Sismologia da USP, ao longo de 2024 houve 9 eventos sísmicos no Sul e Sudeste do Pará, especificamente em cidades como Canaã dos Carajás, Parauapebas, Bannach e Floresta do Araguaia.
Comum na Região
“Tremores de terra nessa região são relativamente comuns e, geralmente, apresentam magnitudes entre 2 e 3”, diz o sismólogo do Observatório Nacional, Dr. Gilberto Leite. Pelo catálogo do Centro de Sismologia da USP, este foi o maior evento registrado próximo ao município de Parauapebas desde 1900. A RSBR explica que sismos de baixa magnitude são relativamente comuns no Brasil, geralmente causados por pressões geológicas movimentando pequenas fraturas na crosta terrestre.
Recomendações para a População
A população das regiões Sul e Sudeste do Pará não precisa se alarmar por enquanto, pois os tremores nessas áreas são normais e não apresentam alto risco. Especialistas monitoram constantemente a atividade sísmica nessas regiões e emitem boletins e alertas. As prefeituras e o Governo do Estado devem considerar essas informações em seu planejamento.
Mensurações da Força dos Tremores
A Sismologia utiliza duas mensurações da força de um tremor: a MLv (local e com profundidade até 50 metros) e a mR (regional, com raio de 200 a 1.500 quilômetros). A escala Richter, nome mais conhecido pela população em geral sobre a força de um terremoto, de 3.5 a 5.4, o sismo é considerado menor ou moderado. Entre 5.5 e 6.0 já pode provocar danos menores em edifícios bem construídos e graves em construções de baixa resistência a vibrações.
Intensidade dos Danos
Primeiramente, terremotos entre 6.1 e 6.9 na escala Richter destroem tudo em até 100 km do epicentro. Além disso, se a magnitude varia de 7.0 a 7.9, os estragos são ainda piores e atingem áreas maiores. Por outro lado, abalos acima de 8.0 devastam centenas de quilômetros ao redor. Vale destacar que tremores acima de 9.0 são raros; de fato, o maior da história foi o de 9.5 no Chile (1960), que matou e arrasou cidades inteiras.