Paraenses terão aumento na conta de luz a partir de outubro de 2025
Written by Henrique Gonzaga on 29 de setembro de 2025
Paraenses terão aumento na conta de luz a partir de outubro de 2025
Energia Mais cara Para o Paraense
Os consumidores Paraenses, um dos maiores produtores de energia elétrica do Brasil, terão que lidar com um novo aumento na conta de luz a partir de outubro de 2025. A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) acionou a bandeira vermelha, patamar 1, que adiciona R$ 4,46 a cada 100 kWh consumidos.
Baixos níveis de água e acionamento de termelétricas
Segundo a Aneel, a decisão foi motivada pelo baixo volume de chuvas, que reduziu os níveis dos reservatórios das hidrelétricas. Com isso, houve a necessidade de acionar usinas termelétricas, que possuem custo de operação mais elevado. No entanto, a medida gerou revolta e questionamentos entre a população, considerando que o estado abriga duas das maiores hidrelétricas do país: Tucuruí e Belo Monte.
A contradição da produção e do consumo
Logo, a situação levanta um paradoxo: como um estado que produz e exporta tanta energia pode ter uma das contas de luz mais caras do país? Especialistas explicam que, além da seca, fatores como tarifas setoriais, custos de transmissão e lucros das distribuidoras contribuem para o preço final.
A bandeira tarifária, embora sirva como sinalização ao consumidor sobre o custo da geração, não resolve a questão estrutural do preço elevado da energia no Pará. A discussão segue aquecida nas redes sociais, com a população cobrando soluções para o dilema de pagar caro por energia produzida localmente. A distribuidora Equatorial Pará será responsável por aplicar o valor extra nas faturas.
Impacto no consumidor
Portanto, o aumento pesa mais sobre famílias de baixa renda, que têm menos margem para reduzir o consumo. Embora R$ 4,46 por 100 kWh possa parecer pequeno, no total da fatura representa um impacto significativo no orçamento doméstico.
Além disso, a medida gera insatisfação política, com manifestações e pressão sobre deputados federais e estaduais, cobranças à Aneel, ao Ministério de Minas e Energia e à concessionária local.
Sendo assim, o caso evidencia uma falha sistêmica que afeta também outros estados produtores de energia, levantando o debate sobre a complexa rede de encargos, subsídios e regras de mercado que encarecem a energia mesmo perto das fontes de produção
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Fonte: Canal Parauapebas
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