A Cooperativa de Mineração dos Garimpeiros de Serra Pelada (Coomigasp) planeja retomar as atividades de garimpo no Pará, em uma área abandonada há mais de dez anos, com expectativa de produzir até 50 toneladas de metal. Além disso, recentemente, a cooperativa firmou uma parceria com uma empresa para reiniciar a extração de metais preciosos na região que já foi o maior garimpo do mundo.

Origem da Colaboração

Essa colaboração surgiu após um edital público lançado pela Coomigasp em março do ano passado, com o intuito de receber propostas para a exploração mineral na região de Serra Pelada, no município de Curionópolis, onde a cooperativa detém duas permissões de lavra garimpeira (PLGs). Uma das PLGs (processo ANM 851.087/2014) abrange uma área de 30 hectares para extração de ouro, enquanto a outra (processo ANM 850.424/1990) cobre 12,87 hectares para exploração de ouro, paládio e prata. A área já foi propriedade da Vale, quando a empresa ainda era estatal.

Assembleia e Termos da Parceria

Em dezembro, a presidente da Coomigasp, Deuzita Rodrigues da Cruz Viana, publicou um novo edital convocando uma assembleia geral extraordinária para votação, de forma digital, da proposta recebida. O acordo prevê uma parceria de dez anos, com possibilidade de renovação por igual período, e divisão igualitária dos lucros (50/50) entre a cooperativa e a empresa parceira. Esta última se comprometeu a realizar um adiantamento mensal de R$ 2 mil para cada cooperado até o início da comercialização da produção, valor que será posteriormente descontado da parte da Coomigasp nos lucros.

Compromissos da Empresa Parceira

A empresa parceira também assumiu a responsabilidade de cobrir todos os custos pré-operacionais, trabalhistas, tributários e comerciais relacionados ao projeto. Além disso, investirá em máquinas e equipamentos modernos, bem como na instalação de oficinas, refeitórios e alojamentos. Além do mais, a parceria se comprometeu a adotar práticas sustentáveis nas operações.

Fiscalização e Resultado da Votação

A Coomigasp terá o direito de fiscalizar diretamente as atividades, com acesso irrestrito às áreas de mineração. Além disso, a votação sobre a proposta foi encerrada em 18 de janeiro, com 1.410 votos a favor de um total de 1.936 associados aptos a votar. Por outro lado, apenas um voto foi contrário ao projeto.

Fonte: Noticias de Mineração Brasil