Em Belém, Lula afirmou que não pretende “tirar os pobres das ruas” por causa da COP30.
Escrito por Henrique Gonzaga em 14 de fevereiro de 2025
Em Belém, Lula afirmou que não pretende “tirar os pobres das ruas” por causa da COP30.

Foto: Presidente, Luiz Inácio Lula da Silva (PT) | Metrópoles
Lula garante realização da COP30 em Belém, mesmo com desafios de infraestrutura.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) reafirmou na quinta-feira (13/2) que a Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas de 2025, a COP30, será realizada integralmente em Belém, no Pará, mesmo que ainda existam desafios de infraestrutura a serem superados. O chefe do Executivo viajou para a cidade e, entre outros compromissos, visitará obras em locais que sediarão o evento, programado para novembro.
Desde o anúncio da COP na capital paraense, cogitou-se a possibilidade de dividir as reuniões entre cidades com maior estrutura para receber grandes eventos. No entanto, o presidente garantiu que a conferência acontecerá em Belém, “seja como for”. Além disso, ele também afirmou que não pretende “enfeitar a cidade” e que, se as autoridades não puderem se hospedar em hotéis cinco estrelas, que “durmam olhando para o céu”.
Fala Polêmica sobre Belém na COP30
“Que Belém seja como for. Que o povo seja como for, é aqui. Eles [autoridades estrangeiras] precisam saber o quanto dói uma picada de carapanã. Precisam conhecer um povo alegre, feliz e trabalhador. Temos pobres, mas temos orgulho. Eles precisam entender como vivemos”, declarou o presidente.
“Eu não vou enfeitar [a cidade], eu não vou tirar pobre da rua. Eu não vou fazer o que não é possível fazer. Eu quero que eles vejam a nossa Belém do jeito que ela é. Se não tiver hotel 5 estrelas, durma num de 4 [estrelas]. Se não tiver de 4, durma num de 3, se não tiver de 3 durma olhando para o céu, que vai ser maravilhoso”, complementou.
Infraestrutura
Um dos principais desafios para a realização da COP30 está diretamente relacionado à hospedagem das autoridades que chegarão ao Brasil em novembro. O governo estima que aproximadamente 45 mil a 50 mil negociadores participarão do evento, além de outras 50 mil pessoas que estarão envolvidas em agendas paralelas. Dessa forma, o foco da preocupação recai sobre a capacidade da rede hoteleira em atender negociadores habituados a hospedagens de alto padrão. Para contornar essa situação, o governo está avaliando alternativas, tais como a construção de um hotel modular e a utilização de navios de cruzeiro para acomodar os participantes do evento. Assim, busca-se garantir uma infraestrutura adequada para o sucesso da conferência.
Fonte: Metropoles