Forças de Segurança Realizam Reintegração de Posse na Fazenda Boi Gordo, em Canaã dos Carajás.
Escrito por Henrique Gonzaga em 19 de dezembro de 2024
Forças de Segurança Realizam Reintegração de Posse na Fazenda Boi Gordo, em Canaã dos Carajás.
Na manhã desta quinta-feira (19), uma operação que mobilizou as forças de segurança do Estado do Pará, na Fazenda Boi Gordo, localizada às margens da PA-160, no município de Canaã dos Carajás, está sendo alvo de uma reintegração de posse. A propriedade, ocupada pelo Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), chamou atenção nesta manhã, com a presença de agentes de segurança em grande número. São mais de 140 homens do Batalhão de Choque da Polícia Militar, junto com a Polícia Civil e um oficial de Justiça, que estão na Fazenda Boi Gordo, localizada entre Parauapebas e Canaã dos Carajás, para apoiar a reintegração de posse da propriedade.
Os ocupantes já haviam sido previamente avisados da operação e, consequentemente, não ouve relatos de animosidade. As forças aguardam a saída completa dos ocupantes, levando seus pertences.
Entretanto, a reintegração de posse, determinada pela Justiça, busca restituir a propriedade após um período de ocupação pelo MST. Além disso, a operação, que ocorre em meio a um clima de tensão, tem como objetivo garantir a ordem e a segurança durante o cumprimento da decisão judicial.
Da Ocupação
Quarenta dias após bloquear a Rodovia PA-160 na Terça-feira 2 de julho em protesto contra a visita de Bolsonaro e a pré-candidatura de Jeová Andrade a prefeito, o Movimento Sem Terra (MST) realizou uma manifestação em Canaã dos Carajás. Além disso, os membros da organização usaram a PA-160 como palco de suas ações. Cerca de 700 participantes marcharam nas primeiras horas da manhã de segunda-feira, 12 de agosto, causando tumulto e uma fila quilométrica de carros, que, por conseguinte, tiveram que aguardar a movimentação.
Além disso, o MST transferiu o Acampamento Oziel Chaves temporariamente para a Fazenda Boi Gordo, localizada entre Canaã e Parauapebas, deixando a área provisória ocupada desde abril. O clima no local é de muita tensão, com fazendeiros se mobilizando para impedir a ocupação.
Desde o Abril Vermelho, o movimento vem requerendo seus direitos a propriedades, acendendo, assim, um alerta para futuras ocupações na região.