Geólogo alerta que Parauapebas precisa planejar seu futuro diante do esgotamento da mineração
Written by Henrique Gonzaga on 18 de agosto de 2025
Geólogo alerta que Parauapebas precisa planejar seu futuro diante do esgotamento da mineração
Geólogo alerta para futuro de Parauapebas
O geólogo Breno Augusto dos Santos, responsável pela descoberta da província mineral de Carajás, fez um alerta sobre a necessidade de Parauapebas (PA) se preparar para o período após o fim da exploração de minério. Segundo ele, a cidade, com mais de 300 mil habitantes, corre o risco de se tornar um “fantasma” sem os royalties da mineração.
Durante o evento “Café com Ciência”, realizado em Belém como parte das comemorações dos 15 anos do Instituto Tecnológico Vale (ITV), especialistas fizeram o alerta. Em seguida, Breno destacou: “Serão vinte ou trinta anos com minério rico e depois, sem royalties. Como vai ficar? Parauapebas pode se tornar uma cidade fantasma”. Por isso, para evitar esse cenário, o geólogo sugeriu que o município aposte em novas vocações econômicas, como turismo e pecuária de qualidade.
Mineração e preservação ambiental
Breno ressaltou que é possível conciliar mineração e meio ambiente, desde que haja responsabilidade e fiscalização. Ele diferenciou a atividade legal do garimpo ilegal, classificou este último como crime e defendeu que as prefeituras da região implementem, assim como a Vale, ações de reflorestamento para prevenir desastres ambientais.
“É impossível a evolução da humanidade sem a mineração, mas é essencial que se faça de forma responsável”, afirmou.
Carajás: legado pessoal e regional
Aos 85 anos, Breno recordou a descoberta de Carajás em 1967, quando trabalhava para a US Steel, e afirmou: “Carajás está no meu sangue, tanto que as minhas cinzas serão jogadas lá”. Além disso, ele ressaltou que o futuro de Parauapebas e da região depende de romper a dependência do minério e investir em novas frentes econômicas, portanto, garantindo sustentabilidade social e econômica quando a mineração eventualmente se esgotar.
Dessa forma, o alerta reforça uma preocupação antiga destacada por especialistas: sem a criação de matrizes econômicas alternativas, a região corre risco de colapso após o término da exploração mineral, especialmente em Carajás.
Fonte: Minera Brasil
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