Justiça mantém presos os acusados de sequestro em Parauapebas e negam soltura destes.

A Justiça decidiu que a dupla irá continuar presa respondendo pelos crimes | Foto: Arquivo/Correio de Carajás

Justiça do Pará Mantém Prisão de Acusados de Sequestro em Parauapebas

O Tribunal de Justiça do Estado do Pará negou o habeas corpus solicitado em favor de Robson de Souza Lima e Moisés Alves Oliveira, detidos sob acusação de extorsão mediante sequestro e porte ilegal de arma de fogo. A prisão de ambos ocorreu no dia 17 de abril, em Parauapebas, um dia após o sequestro de duas mulheres e duas crianças, de 10 e 5 anos, na cidade de Curionópolis.

A negativa de soltura foi proferida pelo juiz convocado Sérgio Augusto de Andrade no domingo de Páscoa (20/04). Posteriormente, a juíza Adriana Karla Diniz Gomes da Costa, da 1ª Vara Criminal de Parauapebas, recebeu a denúncia formal contra os dois acusados.

A polícia também prendeu outros quatro suspeitos: Ronaldo Alves Silva, Arthur Antunes Rodrigues Sampaio, Rafael Feitosa e Iury Silva dos Santos. As vítimas ficaram por várias horas em cativeiro em uma área rural.

A Operação Nulla Rapta

A operação policial, intitulada Nulla Rapta, foi deflagrada por volta das 17h30 do dia 16 com o objetivo de localizar e resgatar os reféns. Os criminosos teriam exigido R$ 50 mil pelo resgate da família, composta por duas mulheres, duas crianças e uma idosa. O marido de uma das vítimas recebeu uma ligação dos sequestradores enquanto estava em viagem a Marabá. Além das ameaças, os criminosos enviaram um vídeo por WhatsApp mostrando a família em cativeiro.

Diante da situação, o homem procurou imediatamente a Polícia Civil; além disso, informou que o veículo da família possuía rastreador e, consequentemente, forneceu dados que auxiliaram nas investigações..

Prisões e Informações Relevantes

Com base na localização do veículo, policiais encontraram o carro circulando na Rodovia Transamazônica. Os policiais detiveram Rafael Feitosa após ele tentar fugir. Ele revelou ter recebido o veículo de Sinval Lima Carvalho Filho, que também está sob investigação. Os policiais prenderam Iury dos Santos, motorista de aplicativo, pouco depois, ao acusá-lo de entregar o veículo para Rafael.

Ambos informaram à polícia que as vítimas estavam em cativeiro em Curionópolis, mas sem saber o local exato. Com apoio de dados telefônicos e histórico do rastreador do carro, a polícia chegou a um endereço em Serra Pelada.

Desfecho e Resgate das Vítimas

“Os policiais detiveram dois suspeitos, Ronaldo e Arthur; em posse de drogas, munições e uma arma de uso restrito, embora as vítimas não estivessem no local identificado. Um deles já tinha condenação anterior por extorsão. Os policiais encontraram com os detidos um dos celulares usados para extorquir a família.

Durante a ação, uma das vítimas conseguiu ligar para o marido informando que haviam sido abandonadas na beira da estrada, após os sequestradores perceberem que alguns cúmplices haviam sido presos. Moisés e Robson, responsáveis pela libertação das vítimas, ainda roubaram uma motocicleta para fugir, mas foram capturados em Parauapebas.

Transferência de Valores e Investigação em Andamento

Os criminosos receberam parte do valor exigido, segundo o delegado Leandro Benício, mas o montante total ainda está sendo apurado. O banco bloqueou algumas tentativas de transação, o que teria levado os criminosos a aumentar as ameaças.

O delegado Antônio Mororó, da CORE, afirmou que há provas contundentes contra os suspeitos, incluindo reconhecimento das vítimas e consistência entre os depoimentos. Portanto, a Polícia Civil pretende solicitar a prisão preventiva de todos os envolvidos, inclusive de suspeitos ainda foragidos.

Fonte: Correio de Carajás