Os casos de dengue no Pará diminuíram em quase 60% em janeiro de 2025.
Written by Henrique Gonzaga on 10 de fevereiro de 2025
Os casos de dengue no Pará diminuíram em quase 60% em janeiro de 2025.

Foto: Divulgação | Sespa
Queda nos casos de dengue no Pará em 2025
O Pará apresentou uma redução nos casos de dengue em janeiro de 2025, com 501 registros confirmados até o dia 31, em comparação com 1.234 casos no mesmo período de 2024. Além disso, os dados, obtidos por meio do monitoramento de arboviroses realizado pela Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa), indicam uma queda de 59% no número de ocorrências. Por outro lado, os municípios com maior incidência de casos no primeiro mês de 2025 foram Rio Maria (56), Belém (48), Marabá (42), Itaituba (38) e Vitória do Xingu (32)..
Ações de controle e monitoramento
Esse resultado positivo reflete as ações contínuas do governo do Estado, por meio da Sespa, no monitoramento e controle dos focos do mosquito Aedes aegypti. O objetivo é reduzir a proliferação do vetor e conter o avanço da doença, principalmente durante o inverno amazônico, quando o acúmulo de água favorece a reprodução do mosquito.
Importância do engajamento da população
As arboviroses são doenças virais transmitidas principalmente por mosquitos, como o Aedes aegypti. Aline Carneiro, coordenadora Estadual de Arboviroses da Sespa, reforça a importância do envolvimento da população na eliminação de criadouros. “O combate ao mosquito deve ser uma ação coletiva. As prefeituras e o Estado atuam no controle vetorial, mas é fundamental que a população faça sua parte, verificando semanalmente possíveis locais de acúmulo de água em suas casas, dedicando apenas 10 minutos do seu dia”, explica Aline Carneiro.
Colaboração com municípios e ações realizadas
A Sespa, por meio do Departamento de Controle de Endemias e da Coordenação Estadual de Arboviroses, continua colaborando com os municípios, oferecendo assessoria técnica, capacitação de profissionais e repasse de insumos quando necessário. Além disso, entre as principais ações realizadas em 2024, destacam-se a execução contínua do Plano de Contingência Estadual de Dengue, Chikungunya e Zika vírus; a implantação de salas de situação para arboviroses; bem como reuniões para alinhar as estratégias de combate a essas doenças.
Sinais e sintomas das arboviroses
Dengue, Chikungunya e Zika são doenças virais transmitidas pelo Aedes aegypti e apresentam sintomas semelhantes. Em primeiro lugar, a Dengue se caracteriza por febre alta e repentina, dores moderadas nas articulações, manchas vermelhas na pele e coceira leve. Por outro lado, a Chikungunya causa febre alta de início imediato, dores intensas nas articulações, manchas vermelhas que aparecem nas primeiras 48 horas, coceira leve e vermelhidão nos olhos. Além disso, a Zika, por sua vez, manifesta-se com febre baixa, dores leves nas articulações, manchas vermelhas nas primeiras 24 horas, coceira que pode variar de leve a intensa e vermelhidão nos olhos.
Cuidados e prevenção em casa
A Rede Básica de Saúde é a porta de entrada para o atendimento de pacientes com sintomas. Quem apresentar febre alta (acima de 38°C), dor no corpo e articulações, dor atrás dos olhos, mal-estar, falta de apetite e/ou dor de cabeça deve procurar atendimento médico e adotar os seguintes cuidados em casa:
- Manter caixas d’água, tonéis e barris bem fechados;
- Descartar o lixo corretamente e manter lixeiras tampadas;
- Evitar o acúmulo de água sobre lajes;
- Guardar garrafas com a boca virada para baixo;
- Armazenar pneus em locais cobertos;
- Proteger ralos com telas finas;
- Vedar fossas;
- Colocar areia nos pratinhos de vasos de plantas até a borda e lavá-los semanalmente;
- Eliminar qualquer objeto que possa acumular água, como tampas de garrafas ou cascas de ovo.
Participação ativa da população e suporte do Estado
Mesmo com as ações dos órgãos de saúde, a participação ativa da população é essencial para eliminar os focos do mosquito. Além disso, o Estado mantém a sala de situação ativa, oferecendo suporte técnico aos municípios para a atualização e execução dos planos de contingência. Portanto, a colaboração entre a população e as autoridades é fundamental para o sucesso das medidas de controle.
Fonte: Sespa