Parauapebas e Canaã no setor de mineração impulsionam a balança de exportações do Pará.
Escrito por Henrique Gonzaga em 22 de janeiro de 2025
Parauapebas e Canaã dos Carajás: Impulsionando a Balança de Exportações do Pará
Saldo Positivo e Perspectivas de Crescimento Sustentável
Conforme dados do Ministério da Economia, analisados e divulgados pelo Centro Internacional de Negócios da Federação das Indústrias do Estado do Pará (FIEPA CIN), o estado apresentou um saldo comercial positivo de US$ 20,9 bilhões, com exportações totalizando US$ 22,9 bilhões e importações de US$ 2,05 bilhões. O Pará se manteve entre os três principais exportadores do Brasil, registrando um crescimento de 3,06% em relação a 2023. O saldo comercial teve um aumento de 7,26% em comparação ao ano anterior.
Liderança na Região Norte
O Pará reafirmou sua liderança na Região Norte, respondendo por 77,9% das exportações da região, que somaram US$ 29,6 bilhões. O estado também se destacou como o segundo maior exportador da Amazônia Legal, ficando atrás apenas do Mato Grosso, e ocupou a sexta posição no ranking nacional de exportações, atrás de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Mato Grosso e Paraná. “Os dados evidenciam claramente a importância do Pará na economia, mas precisamos avançar. Nossa economia ainda depende fortemente da exportação de commodities, que desempenham um papel significativo na geração de empregos e renda. Contudo, podemos expandir essa contribuição por meio da verticalização da produção industrial. Isso requer um esforço conjunto para aumentar a atratividade do nosso estado, utilizando mecanismos que incentivem a modernização do setor industrial”, afirmou o presidente da FIEPA, Alex Carvalho.
Desempenho da Balança Comercial
Para Carvalho, o desempenho da balança comercial do Pará reflete a robustez econômica do estado e sua contribuição para o desenvolvimento regional e nacional. Além disso, ele afirma que “é necessário resolver de uma vez por todas os entraves ambientais que têm sido obstáculos à implementação de uma infraestrutura logística moderna e eficiente. Isso inclui novos modais de transporte que facilitarão o acesso a insumos e o escoamento da produção, permitindo, assim, a chegada de novas indústrias, especialmente do setor de bio-economia. Portanto, esses são pilares essenciais para impulsionarmos o crescimento sustentável em 2025 e garantirmos que o Pará aproveite plenamente os benefícios de uma economia forte e integrada”, enfatizou Carvalho.
Perspectivas Otimistas para 2025
O desempenho da balança comercial do Pará foi impulsionado pela mineração, que representa 84% do total exportado pelo estado. Embora tenha havido uma leve queda de -1,53%, o minério de ferro se destacou, movimentando US$ 12,7 bilhões com 168.532.705 toneladas, tendo a China como seu principal mercado. Além disso, o cobre teve um aumento de 24,48%, alcançando US$ 3,05 bilhões; a alumina calcinada cresceu 16,33%, totalizando US$ 1,88 bilhão; e o alumínio não ligado e seus derivados apresentaram um crescimento de 48,68%, registrando US$ 234,6 milhões.
Expansão das Relações Comerciais
Cassandra Lobato, coordenadora da FIEPA CIN, afirmou que as perspectivas para 2025 são otimistas, especialmente com a expansão das relações comerciais entre o Brasil e países europeus, a partir do acordo de livre comércio Mercosul-União Europeia, firmado em dezembro de 2024. “O Pará continua a ser o líder na região Norte, e as expectativas para a balança comercial do estado são favoráveis, considerando a continuidade do crescimento das exportações, especialmente em setores estratégicos como mineração e produtos agropecuários. Além disso, a diversificação das exportações, com ênfase em produtos não tradicionais, como soja e carnes, também pode ajudar a melhorar o saldo comercial.”
Cidades Exportadoras e Mercado Asiático
O mercado asiático, liderado pela China, deve permanecer como o principal destino das exportações do estado, enquanto a União Europeia pode se tornar ainda mais relevante com a implementação do acordo de livre comércio com o Mercosul, o que pode aumentar nossa presença no mercado europeu”, explicou a coordenadora executiva do Centro Internacional de Negócios da FIEPA.
Entre as cidades do Pará, Canaã dos Carajás foi a terceira que mais exportou no Brasil em 2024, com US$ 6,7 bilhões, destacando-se pelo minério de ferro, ficando atrás apenas do Rio de Janeiro (RJ) e Duque de Caxias (RJ). Além disso, Parauapebas (PA) também figura entre as seis cidades brasileiras com maiores exportações, totalizando US$ 6,2 bilhões, também com foco no minério de ferro. No contexto do Pará, o interior do estado foi responsável por 83% do total de exportações, enquanto a região metropolitana de Belém contribuiu com 17%. Além de Canaã dos Carajás e Parau
Fonte: Brasil Mineral