COP30: Deputada Duda Salabert destaca protagonismo amazônico e defende transferência simbólica da capital do Brasil para Belém durante o evento
Written by Henrique Gonzaga on 11 de novembro de 2025
COP30: Deputada Duda Salabert destaca protagonismo amazônico e defende transferência simbólica da capital do Brasil para Belém durante o evento
Belém, Capital Simbólica da Cop30
Na segunda-feira (10/11), durante entrevista concedida ao locutor e apresentador Elson Brito, da Rádio Arara Azul FM, ao programa Alerta96, durante a Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP30), realizada em Belém do Pará, a deputada federal Duda Salabert (PDT-MG) comentou sobre o projeto de lei de sua autoria (Lei n° 358/2025) que propõe transferir temporariamente a capital administrativa do Brasil para Belém durante o período do evento.
Segundo a parlamentar, a iniciativa possui valor simbólico e prático, uma vez que reforça o papel do Brasil na luta contra as mudanças climáticas. Duda Salabert explicou que sua atuação política está diretamente ligada à pauta ambiental e que a transferência simbólica da capital para Belém representa um gesto concreto de compromisso com a causa climática.
“Transferir a capital do Brasil para Belém é mostrar que o país agora tem como temática central a questão ambiental”, ressaltou a deputa.
Duda acrescentou ainda que a presença do presidente da República, ministros e parlamentares em Belém fortalece a articulação política direta no território amazônico, destacando que a medida representa um gesto concreto de valorização da Amazônia no centro das decisões nacionais.
“Nada mais político do que transferir a capital para cá como um gesto que mostra a importância do debate climático para o Brasil. Além disso, é uma medida prática: estando aqui, posso protocolar projetos de lei e despachar documentos diretamente”, destacou.
Apoio a estados afetados e descentralização administrativa
Ao ser questionada sobre as ações emergenciais do governo federal em resposta às catástrofes climáticas ocorridas no Paraná, a deputada Duda Salabert ressaltou que, nesse contexto, as decisões e despachos também podem ser realizados diretamente de Belém, o que, dessa forma, reforça a importância da descentralização do poder e evidencia uma nova dinâmica administrativa durante o período da COP30.
Logo, segundo a deputada, o presidente da República não precisa estar em Brasília para tomar decisões ou assinar documentos oficiais, o que representa um avanço administrativo e político.
“Essa é mais uma vitória. Enquanto discutimos aqui o futuro climático do país, podemos também dar respostas rápidas a emergências, como as que ocorrem no sul do Brasil”, destacou a parlamentar.
Participação Social marca diferença em relação as outras COP´s
Nesse sentido, comparando a COP30 com edições anteriores, como a realizada no Azerbaijão, Duda Salabert enfatizou o caráter mais democrático e participativo da conferência na Amazônia.
“Essa é a COP com a maior participação popular da história. Estamos em território indígena, quilombola, amazônico isso faz desta uma conferência única. As COPs anteriores tiveram baixa presença popular, o que diminuía seu conteúdo democrático. Essa, não. O presidente Lula chamou de COP da verdade; eu diria que é a COP popular”, concluiu.
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